31.10.09

CBN Sabores BH - 29.10.2009

Devido ao pronunciamento do Ministro Guido Mantega, excepcionalmente não houve o programa CBN Sabores BH nesta quinta-feira, 29 de outubro de 2009.

CBN Sabores BH - 28.10.2009

Para maiores informações sobre este programa, que iniciou o assunto “curados”, que inclui iguarias como prosciutto crudo, culatello, capocollo, speck, e salame, clique aqui.

Para escutar este programa, clique aqui.

Termômetros culinários

No programa CBN Sabores BH que tratou de aromatização de azeites, disse para os ouvintes que, caso desejassem aprofundar no assunto "conservas", seria ideal investir na compra de um bom termômetro culinário.

Lembrei então de um ótimo site especializado em equipamentos para medição chamado "Brasil Hobby". Para acessar os diversos termômetros disponíveis, clique aqui.

A seguir, os links de alguns dos termômetros para culinária da Brasil Hobby que recomendo, como este primeiro, este segundo, ou este terceiro.

Outro excelente lugar para comprar termômetros culinários é a "Doural Presentes". Para acessar a página desta empresa com diversas opções do produto, clique aqui.

CBN Sabores BH - 27.10.2009

Para maiores informações sobre este programa, que tratou de aromatização de azeites, favor clicar aqui.

Para escutar este programa, clique aqui.

29.10.09

O melhor pastel de feira de SP

Através de reportagem publicada no jornal O Estado de São Paulo, em 27 de outubro de 2009, fiquei sabendo que houve um concurso para eleger o melhor pastel de feira da capital paulista. Esta louvada competição foi uma iniciativa da Secretaria das Subprefeituras, por meio da Supervisão Geral de Abastecimento, em parceria com a São Paulo Turismo (SPTuris) e o Sindicato dos Feirantes do Estado de São Paulo, com apoio da empresa Promoaction.


O concurso funcionou da seguinte maneira:

Na primeira etapa da competição, a fase classificatória, que aconteceu entre 15/09/2009 e 05/10/2009, os pasteleiros foram divididos por zonas – Norte, Sul, Leste I, Leste II e Centro-Oeste. Cada concorrente (cerca de 730 pasteleiros que trabalham nas feiras livres da capital) teve uma urna colocada em sua barraca e os consumidores que experimentaram o pastel deram notas em fichas padronizadas. Os critérios usados para a avaliação foram a limpeza da barraca, o sabor, a não-utilização de molhos em bisnaga, a organização e a higiene de todos os funcionários da barraca.

Os votos foram então apurados pela equipe da Supervisão Geral de Abastecimento e os dois pasteleiros mais bem votados de cada região participaram da fase final, que aconteceu no dia 26 de outubro.

Durante a grande final, os 10 finalistas se apresentaram na praça Charles Miller diante uma comissão julgadora formada por vinte juízes ligados à área de gastronomia e declarados amantes dos tradicionais pastéis de feira. Além disso, das 9 às 11 horas, os consumidores votaram no melhor pastel em cada uma das 10 barracas participantes. Das 10 às 12 horas, os jurados avaliaram cada um dos 10 pastéis, que eram exclusivamente com recheio de carne para melhor determinar o sabor e a qualidade da massa, do tempero e do recheio. Ao final da votação popular, os votos foram reunidos para estabelecer uma média. O mesmo aconteceu com o voto dos jurados e, somando-se, as duas médias foi anunciado o grande vencedor. Assim, foram eleitos os três melhores da cidade de São Paulo (1º, 2º e 3º lugares), que receberam prêmios em dinheiro (R$ 8 mil, R$ 2 mil e R$ 1 mil, respectivamente). Foi ainda eleito o melhor de cada região (centro-oeste, norte, sul, leste I e leste II), que recebeu uma placa comemorativa.

Conheça as barracas finalistas:

Pastel Monte Castelo: às terças-feiras a barraca fica na feira da rua Imperador, altura do número 394, na Vila Guilherme; às quartas-feiras na rua Antenor Navarro, 414, no Jardim Brasil; às quintas-feiras na av. Alberto Byington, 496, na Vila Maria; às sextas-feiras na rua Jose Antonio da Silva, 1236, na Vila Sabrina; aos sábados na Araritaguaba, 454, na Vila Maria e aos domingos na rua Benjamin Pereira, 521, no Jaçanã.

Pastel da Maria: às terças-feiras a barraca fica na rua Capitão Manoel Novaes, no Jardim São Bento; às quartas-feiras na rua Mendonça Drumond, 185, no Jardim Maringá; às sextas-feiras na rua Mendonça Drumond, no Jardim Maringá; aos sábados na alameda Subtenente Francisco Hierro, 351, no Parque Novo Mundo e aos domingos na avenida Mario Lopes Leão, 700, em Santo Amaro.

Débora Pastéis: às terças-feiras a barraca fica na rua Aureliano Leal, na Água Rasa; às quartas-feiras na rua Ana de Barros, no Jardim Santa Inês; às quintas-feiras na rua Elias de Souza Pinto, na Vila Albertina; às sextas-feiras na rua Professor Joaquim Ozório de Azevedo, no Jardim S. Paulo; aos sábados na praça Salvador Tolezano, em Lauzeane Paulista e aos domingos na avenida Caetano Alvarez, no Mandaqui.

Pastel Mix: às terças-feiras a barraca fica na Joaquim dos Reis, 98, na Vila Cruzeiro; às quartas-feiras na rua Alexandre Dumas, 1316, na Chácara Santo Antônio; às quintas-feiras na rua Barão de Jaceguai, no Campo Belo; às sextas-feiras na rua Comendador Elias Zarzur, em Santo Amaro; aos sábados na rua Otavio Tarquínio de Souza, em Santo Amaro e aos domingos na rua José Fugulin, no Jardim Orly.

Pastel Nakama: às terças-feiras a barraca fica na rua Frederico Penteado Junior, 11, no Jardim das Laranjeiras; às quartas-feiras na rua Ana de Barros, no Jardim Santa Inês; às quintas-feiras na rua Aliança Liberal, 603, na Vila Leopoldina; às sextas-feiras na rua Lasar Segal, 409, na Freguesia do Ó; aos sábados na av. Herison, em Lauzeane Paulista e aos domingos na rua Pedro Henrique de Orleans Brag, na Vila Jaraguá.

Pastéis Kudo: às terças-feiras a barraca fica na avenida Mendonça e Vasconcelos, 108, no Jardim Ester; às quartas-feiras na rua Cristalândia do Piauí, 223, na Vila União; às quintas-feiras na rua Silva Coutinho, na Vila Prudente; às sextas-feiras na rua São Francisco do Humaitá, 464, no Parque Tietê; aos sábados na rua Maria Nazaro da Silva, 224, na Vila Brasilândia e aos domingos na rua Conselheiro Belisário, no Brás.

Pastéis Gabi: às terças-feiras a barraca fica na avenida Pau D'arco Roxo, 220, na Cidade Pedro Jose Nunes; às quintas-feiras na avenida Borboleta Amarela, no Jardim São Martinho; às sextas-feiras na avenida Flamingo, 37, na Vila Curuçá Nova; aos sábados na rua Anastácio Trancoso, no Jardim Nélia e aos domingos na rua Benedito de Souza Borges, no Jardim Robru.

Mitico Pastel: às terças-feiras a barraca fica na rua Sepetiba, 510, na Vila Romana; às quintas-feiras na rua Caiubi, 401, em Perdizes; às sextas-feiras na rua Ministro Ferreira Alves, 340, na Vila Pompéia; aos sábados na rua Marieta da Silva, 112, na Vila Guilherme e aos domingos na avenida Baruel, 661, no bairro do Chora Menino.

Yamashiro (Pai): às terças-feiras a barraca fica na av: José Maria Witaker; 1121, no Planalto Paulista; às quartas-feiras na avenida Bentevi, 104, em Moema; às quintas-feiras na rua Campante, 81, na Vila Carioca; aos sábados na avenida Diederichsen, 45, na Vila Guarani e aos domingos na rua Carneiro da Cunha, no Bosque da Saúde.

Yamashiro (Filha): às sextas-feiras a barraca fica na avenida Engenheiro Luiz, na Aclimação e aos domingos na avenida Miguel Stefano, no Jabaquara.

Quem abocanhou o primeiro lugar foi a Barraca da Maria, seguida pela Barraca do Yamashiro e, em terceiro lugar, os Pastéis da Gabi.

Dentro da premiação regional, o melhor pastel da região sul ficou com a Barraca da Yamashiro (filha), da norte, com a Débora Pastéis, da centro-oeste com a Barraca do Yamashiro (pai), da leste I com a Barraca da Maria e da leste II com a Débora Pastéis.



Segundo a reportagem do jornal O Estado de São Paulo, “a barraca vencedora, a Pastel da Maria, é comandada por Maria Kuniko Yonaha, 57 anos, que já havia conquistado o título de melhor pastel da Zona Leste. “Eu não esperava vencer, não. Mas é um pastel feito com muito amor”, disse, emocionada. Maria mostrou-se empolgada com a idéia do concurso. “Ah, [o concurso] valeu a pena, sim. Ele serviu para todos se preocuparem em fazer um pastel de melhor qualidade e higiene”, afirmou.”


Endereço dos Vencedores:


Pastel da Maria (1.º lugar)
Terças: Rua Capitão Manoel Novaes, Jardim São Bento
Quartas e sextas: Rua Mendonça Drumond, 185, Jardim Maringá
Quintas: Praça Charles Miller
Sábados: Alameda Subtenente Francisco Hierro, 351, Parque Novo Mundo
Domingos: Av. Mário Lopes Leão, 700, Santo Amaro

Yamashiro (2.º Lugar)
Terças: Av. José Maria Witaker, 1.121, Planalto Paulista
Quartas: Av. Bentevi, 104, Moema
Quintas: Rua Campante, 81, Vila Carioca
Sábados: Av. Diederichsen, 45, Vila Guarani
Domingos: Rua Carneiro da Cunha, Bosque da Saúde

Pastéis Gabi (3.º lugar)
Terças: Av. Pau D"arco Roxo, 220, Cidade Pedro José Nunes
Quintas: Av. Borboleta Amarela, Jardim São Martinho
Sextas: Av. Flamingo, 37, Vila Curuçá Nova
Sábados: Rua Anastácio Trancoso, Jardim Nélia
Domingos: Rua Benedito de Souza Borges, Jardim Robru.


No dia seguinte ao concurso de melhor pastel de feira de SP, recebi um e-mail de José Universo Soares, amigo e ouvinte do CBN Sabores BH, que sugeriu fazermos o mesmo em BH, só que ao invés do pastel de feira, elegeríamos o melhor pão de queijo artesanal da cidade.
.cty, que ele escreveu em seu e-mail: astel de feira de SP, recebi um e-mail do amigo e ouvinte do CBN Sabores Veja o que ele escreveu em seu e-mail: “Rusty, você que está entrosado no segmento gastronômico poderia abraçar a idéia de se fazer um festival para se eleger o melhor Pão de Queijo de BH, a exemplo do concurso que houve em Sampa para se eleger o melhor pastel de feira. Não vale concorrer pão de queijo industrializado, só receitas caseiras. O local? Embaixo das árvores da Av. Bernardo Monteiro, onde se realizam as feiras das flores e de antiguidades”.


Excelente a idéia do Universo Soares. Quem sabe no futuro o CBN Sabores BH não acate esta louvada idéia, se associe a órgãos públicos, privados, e associações, e organize tal concurso?



27.10.09

CBN Sabores BH - 26.10.2009

Para maiores informações sobre este programa, que tratou de e-mails de ouvintes e de aromatização de azeites, favor clicar aqui.

Para escutar este programa, clique aqui.

CBN Sabores BH - 23.10.2009

Para maiores informações sobre este programa, que tratou da leitura de e-mails de ouvintes (a maioria abordando a premiação da revista Veja - Belo Horizonte - Comer e Beber, ed. 2009/2010), clique aqui.

Para escutar este programa, clique aqui.

26.10.09

Coluna Água na Boca - 25.10.2009

Para melhor visualizar a coluna, favor clicar sobre a foto abaixo.

Coluna Água na Boca - 18.10.2009

Para melhor visualizar a coluna, favor clicar sobre a foto abaixo.

Conservas, de Oded Schwartz.

Um dos livros favoritos de minha modesta biblioteca é Conservas, de Oded Schwartz (Ed. Civilização). Para quem quer aprender técnicas e receitas do maravilhoso (e colorido) mundo das conservas, é uma obra-prima!


Segunda sinopse do site da Livraria Cultura, a obra "Inclui mais de 150 receitas fantásticas, desde doces e mostardas originais, de picles apimentados a peixe fumado, dos azeites e vinagres aromatizados às geleias e xaropes de frutas. Fotografias a cores ilustram, passo a passo as técnicas básicas da preservação dos alimentos, as receitas fáceis de realizar e os conselhos práticos que garantem os melhores resultados."

Porém, o grande imbróglio deste livro é que, ao que parece, ele está esgotado no fornecedor. Então, o jeito é fuçar os sebos ou então comprá-lo em inglês através do site da Amazon clicando aqui.

21.10.09

CBN Sabores BH - 20.10.2009

Neste programa, continuei a conversa com a Fabiana sobre a edição 2009/2010 da Veja - Belo Horizonte - Comer & Beber. Na ocasião, listamos todos os premiados do evento deste ano em diversas categorias e demos sugestões (nossas e dos ouvintes) em como torná-lo mais democrático.

Para escutar este programa, clique aqui.



19.10.09

CBN Sabores BH - 19.10.2009

Para maiores informações sobre este programa, que tratou da ed. 2009/2010 da Veja Belo Horizonte - Comer e Beber, clique aqui.

Para escutar este programa, clique aqui.

CBN Sabores BH - 16.10.2009

Para informações sobre este programa, que tratou dos e-mails dos ouvintes, clique aqui.

Para escutar este programa, clique aqui.

Veja Belo Horizonte - Comer e Beber - ed. 2009/2010.

Acaba de chegar às bancas a edição 2009/2010 da revista "Veja - Comer e Beber", que premia diversos estabelecimentos de Belo Horizonte em diferentes categorias.

Como acontece todo ano, há sempre controvérsias entre os lugares que receberam indicações e até os que foram premiados. Conversei com inúmeras pessoas e muitos (eu inclusive) acreditam que o critério de premiação da revista deveria ser revisto.

Infelizmente, por não haver a obrigatoriedade dos jurados de visitar os estabelecimento, muitos acabam elegendo aquele que primeiro lhe vem à mente. Ou seja, acaba sendo uma eleição de velhos medalhões de Belo Horizonte. Afinal, conforme notado pelo colega Augusto Franco em seu blog Prato do Dia, que outra razão explicaria a premiação do "Bolão" pelo enésima vez como "Melhor Fim de Noite" de Belo Horizonte?

Também discordo do critério de escolhas dos jurados. Como pode alguém indicar um boteco como o "Bar do Primo" (que, por sinal, é um ótimo lugar) para melhor "Para Ir a Dois"? Ou escolher a "Massas Terni" como melhor "Empório Gourmet?

Além disso, há locais que são eleitos com apenas 2 votos, como a "Mercearia do Lili" para melhor "Boteco", e outros que são praticamente uma unanimidade, como a pastelaria "Marília de Dirceu", eleita melhor "pastel", que recebeu 9 de 10 votos possíveis (Será que todos os jurados gostam tanto assim da pastelaria? Ou será que não lembram do nome de outras na cidade? Ou pior, será que desconhecem as demais casas que vendem pastéis maravilhosos em BH, como o Dom Pastel e a Pastelaria do Ouvidor?).

Como pode o chef Ivo Faria ganhar todo ano na categoria "chef do ano"? Todos os belo-horizontinos (e até os brasileiros de outros estados) já estão cansados de saber que ele é um excelente profissional. Acredito que elegê-lo ano após ano acaba não somente desmerecendo sua própria capacidade quanto as dos demais chefs de cozinha da capital. Não seria a hora da Veja fazer como a revista Gula e adotar o critério que vencedores em anos consecutivos não devam ser votados?

Com a edição da Vejinha 2006/2007 em mãos, percebo não haver grandes variações entre os premiados em relação à edição 2009/2010. Será que Belo Horizonte parou no tempo e nada de novo surgiu nestes últimos 3 anos na cidade?

Abaixo, publico todos os indicados e premiados da edição 2009/2010.

Envie seu e-mail para o saboresbh@cbn.com.br com comentários, críticas, e sugestões a respeito do mesmo. (Obs: Todos que enviarem e-mail irão concorrer a um sorteio de passaportes gastronômicos de restaurantes na região da Pampulha que dá direito a 100% de desconto no prato do acompanhante).


Categoria Comidinhas.

- Melhor Café Espresso. Indicados: Santa Sophia, Café Kahlua, Café 3 Corações, e California Coffee. Vencedor: Santa Sophia.

- Melhor Chocolate. Indicados: Doce Companhia, Kopenhagen, Confisserie du Chocolat, Doce Cacau, e Fany Bombons. Vencedor: Confisserie du Chocolat.

- Melhor Doceria. Indicados: Ah! Bon, Fany Bombons, Bendita Gula, Solange Lopes Patisserie, Doces de Portugal, Célia Soutto Mayor. Vencedor: Ah! Bon.

- Melhor Empório Gourmet. Indicados: Tutto Itália, Massas Terni, Verdemar, Banca Santo Antônio, Casa Rio Verde, Boníssima Padaria e Delicatessen. Vencedor: Verdemar.

- Melhor Padaria. Indicados: Casa Bonomi, Verdemar, Boníssima Padaria e Delicatessen, e Trigopane. Vencedor: Casa Bonomi.

- Melhor Pão de Queijo. Indicados: Verdemar, Boníssima Padaria e Delicatessen, Dona Diva Café e Quitandas, Padaria e Confeitaria Monte Cristo, Pão e Companhia, Ki-Delícia Pão de Queijo, e Padaria e Confeitaria La Paline. Vencedor: Verdemar.

- Melhor Pastel. Indicados: Marilia de Dirceu, e Fugiyama. Vencedor: Marília de Dirceu.

- Melhor Salgado. Indicados: Célia Soutto Mayor, Tia Clara, Boca do Forno, Beirute, Momo Confeitaria, e Benzadeus. Vencedor: Boca do Forno.

- Melhor Sanduíche. Indicados: Eddie Fine Burgers, Casa Bonomi, Marietta, Café com Tango, e Subway. Vencedor: Eddie Fine Burgers.

- Melhor Sorvete. Indicados: Alessa Gelato e Caffè, La Basque, São Domingos, Punto It, Easy Ice, I Scream, e Charme Sorveteria. Vencedor: Alessa Gelato e Caffè.

- Melhor Suco. Indicados: Néctar da Serra, e Marietta. Vencedor: Néctar da Serra.


Categoria Bares.

- Melhor Boteco. Indicados: Kobes, Mercearia do Lili, Clube da Esquina, Bar do Antônio, Bar do Orlando, Aconchego da Floresta, Bartiquim, Maria de Lourdes, Tizé. Vencedor: Mercearia do Lili.

- Melhor Carta de Cachaças. Indicados: Via Cristina, Casa do Porre, Kobes, e Alambique Cachaçaria. Vencedor: Via Cristina.

- Melhor Chope. Indicados: Albano's, Krug Bier, Pinguim, Café Viena Beer, e Social. Vencedor: Albano's.

- Melhor Fim de Noite. Indicados: Lord Pub, Chopp da Fabrica, Bolão. Vencedor: Bolão.

- Melhor Happy Hour. Indicados: Bar do Antônio, Café com Letras, Tizé, Bar do Lopes, Obar, Café da Travessa, e Redentor. Vencedor: Café com Letras.

- Melhor Música ao Vivo. Indicados: Marilton's Bar, Estabelecimento, Butiquim Santo Antônio, Vinnil Cultura Bar, Studio Bar, A Casa Pub, Status Café Cultura e Arte, e Butiquim O Inusitado. Vencedor: Vinnil Cultura Bar.

- Melhor Para Ir a Dois. Indicados: Pacífico Bar Café, Balaio de Gato, Café do Divino, Bar e Petisqueira do Primo, Café com Letras, Utópica Marcenaria, Armazém do Árabe, Outono 81, Oratório Bar. Vencedor: Pacífico Bar Café.

- Melhor Para Paquerar. Indicados: Tizé, Social, Clube do Chalezinho, Entre Folhas, Marilton's Bar, NYX Bar, Bar do Antônio, Maria de Lourdes. Vencedor: Tizé Bar e Botequim.


Categoria Restaurantes.

- Melhor Brasileiro / Regional. Indicados: Faz de Conta, Xapuri, Alguidares. Vencedor: Xapuri.

- Melhor Carne. Indicados: Parrilla del Mercado, Fogo de Chão, La Victoria. Vencedor: La Victoria.

- Melhor Francês. Indicados: Bistrô da Matilda, Taste Vin. Vencedor: Taste Vin.

- Melhor Italiano. Indicados: Osteria Matiazzi, Província di Salermo, Vecchio Sogno, Dona Derna. Vencedor: Vecchio Sogno.

- Melhor Japonês. Indicados: Udon, Rokkon, Sushi Naka, Kei. Vencedor: Sushi Naka.

- Melhor Oriental. Indicados: Macau, Sushi Thai, The Art From Mars, Maharaj, San Ro, Amigo do Rei. Vencedor: Maharaj.

- Melhor Peixes e Frutos-do-Mar. Indicados: Atlântico, Badejo, Matusalém. Vencedor: Atlântico.

- Melhor Pizzaria. Indicados: 68, Olegário, Antoine, Specialli, Marilia. Vencedor: Olegário Pizza e Forneria.

- Melhor Variado. Indicados: A Favorita, Hermengarda, Patuscada, O Dádiva. Vencedor: A Favorita.

- Melhor Bom e Barato. Indicados: Vila Árabe, Santa Fé, Osteria Degli Angeli, Macau, D'Istinto, Piacenza, Automóvel Clube. Vencedor: Santa Fé.

- Melhor Carta de Vinhos. Indicados: Taste Vin, Enoteca Decanter, Gomide, Splendido. Vencedor: Taste Vin.

- Melhor Chef do Ano. Indicados: Ivo Faria (Vecchio Sogno), Guilherme Melo (Hermengarda), Rodrigo Fonseca (Taste Vin), Tatá Carvalho (diVino), Sylvia Lis (O Dádiva), Memmo Biadi (Dona Derna e Memmo Pasta e Pizza). Vencedor: Ivo Faria (Vecchio Sogno).


Para escutar o programa CBN Sabores BH que tratou da premiação da revista Veja Belo Horizonte - Comer e Beber, ed. 2009/2010, clique aqui.

16.10.09

Publicitários com miolo mole - Bis

Não bastasse a avó do comercial das Havaianas, que incentiva a neta a fazer sexo sem compromissos (ver marcador "publicitarios com miole mole" neste blog), agora aparece mais esta.

Será que estamos diante uma onda de propagandas com avós e netas? Em comum, a estupidez de quem a redigiu e, pior, do cliente que a aprovou.

É época de jabuticaba!!!




Viva! Mais um ano se passou e finalmente chegou a época de jabuticabas.


Em uma crônica de Mário Prata, existia um preto velho que vivia no interior de Minas. Em sua boca havia um único dente. Certo dia alguém lhe perguntou por que não arrancá-lo. O preto velho respondeu: “E como é que eu vou fazer para chupar jabuticaba?”.

Duas histórias de Catas Altas

Dia desses, quando em almoço em um restaurante que tem uma jabuticabeira no quintal, ao ver a árvore carregada, lembrei ser época desta deliciosa fruta.

Pensei então imediatamente em Catas Altas (no interior de Minas, pertinho da Serra do Caraça) e no seu vinho feito de jabuticabas (bem adocicado e, portanto, quase um licor). Publico abaixo duas histórias sobre esta simpática e pequenina cidade mineira.


Catas Altas, no interior de MG.



O Vinho de Jabuticabas
por Rusty Marcellini

Em outubro de 1949, Maria Machado de Souza, recém-casada com Tarcísio, passava dias de descanso na fazenda do marido. Por ser época de jabuticabas, ela aproveitou a oportunidade para fazer um licor com a fruta para presentear o sogro, o senhor Anastácio Antônio de Souza. O licor, especialidade de Dona Maria Machado, era uma saída para aproveitar as frutas que estragavam em poucos dias.

Para ela, era uma surpresa que ninguém conhecesse a bebida. A partir daí, o sogro teve a idéia de fazer um vinho usando jabuticabas ao invés de uvas. A idéia deu certo. Hoje, os filhos de seu Anastácio (Tarcísio, Nereu, Gercina, Eulália e Neli) produzem e comercializam o vinho de Jabuticaba, uma tradição em Catas Altas.

  • Nota: Para visitas ao Museu do Vinho, localizado junto à casa do senhor José Hosken, deve-se contactar a Secretária de Cultura e Turismo de Catas Altas.




O vinho Mineiro Premiado em Paris
por Rusty Marcellini

No final do século XIX, padre chega a um arraial decadente devido à escassez do ouro. Munido de idéias revolucionárias, levanta a moral do povoado ao incentivar a produção de vinho em plena Minas Gerais. Após o vinho ganhar respeito e prestígio junto aos viticultores europeus, empresas mineradoras se instalam na cidade, causando prejuízos aos produtores de vinho e devolvendo a cidade à miséria.

Por volta de 1694, na região aonde se encontra hoje a cidade de Catas Altas, se deu a descoberta do ouro. Inicia-se, assim, a incessante exploração do minério. Em 1816, Saint Hilaire, em seus escritos, comenta a decadência do arraial, aconselhando a população trocar a exploração do ouro pelo ferro.

Em 1868, chega em Catas Altas o Monsenhor Manuel Mendes Pereira de Vasconcelos para ser o vigário do arraial. Logo percebe o estado lastimável em que se encontrava o lugar, além do abatimento moral estampado nos rostos dos poucos moradores que ainda não haviam emigrado. O padre nota a ausência de qualquer forma de cultura de subsistência. Milho, arroz, feijão, toucinho, tudo é provido pelos tropeiros.

O vigário chega a conclusão de que, além da escassez do ouro, as causas de tamanha decadência foram as ações assistencialistas que criaram uma perniciosa acomodação ao distribuir tudo que a população necessitava com hora e local marcado. Monsenhor Mendes acreditava que, para provocar mudanças drásticas, era necessário educar as pessoas, ensinar a cultura de subsistência e desenvolver o conceito da vida em comunidade.

O vigário inicia seu trabalho expondo às pessoas a importância e a necessidade do arado, seja ensinando como fazê-lo ou mostrando como lavrar a terra com uma junta de bois mansos.

Vendo que a situação da comunidade já melhorava, pois o povo já colhia o fruto do trabalho sem ter que pedir esmola, o vigário começa a analisar o clima. Logo pensa ser possível produzir até mesmo o vinho que necessita nas missas ao encontrar, na casa de um amigo, uma muda de videira americana. Monsenhor Mendes ensina ao povo como plantar as videiras, as épocas das podas, das colheitas, como esmagar as uvas, o período de fermentação, o armazenamento adequado para não acontecer nenhuma alteração. E assim, o vigário conseguiu que a produção do vinho de Catas Altas aumentasse cada vez mais, sempre com melhor qualidade.

Em 1884, Monsenhor Mendes publica um manuscrito com “as noções úteis ao fabricante de vinho”, contendo informações sobre o feitio da bebida, as diferenças dos vários processos empregados, e a prevenção junto ao fabricante contra práticas que podem estragar o vinho. O padre acaba ganhando a mídia nacional e faz Minas Gerais sair do anonimato na produção de vinhos. O vinho de Catas Altas era comparado por autoridades no assunto com o Porto e o Xerez.

Monsenhor Mendes se torna um conhecido viticultor, sempre defendendo a videira americana e a qualidade do vinho produzido em Catas Altas. “Confrontada com a videira Laprusca, explorada pelos europeus, a nossa videira americana, espalhada em tanta profusão por estas Catas Altas, será sempre a preferida por muitas razões. A sua uva uma vez que esteja perfeitamente madura e, embora produzida pelas videiras muito próximas a seu estado selvagem, é notada pelo cheiro balsâmico e pelo sabor muito agradável e pronunciado”, anotou o padre.

A produção do vinho colaborou para que a população elevasse sua auto-estima. Uns plantavam as videiras, outros fabricavam o vinho, outros comercializavam o produto, numa cadeia em que o dinheiro girava e todos saíam ganhando.

Mesmo após o falecimento do padre – fato que causou grande tristeza junto à população – a produção do vinho continuou prosperando. Até que em 1923, os fazendeiros Carlos Arthur Hosken e a esposa Maria Magdalena Pereira da Cunha Hosken tiveram seus vinhos premiados em Paris, ganhando destaque no cenário mundial.

Após a premiação do vinho da família Hosken, ocorreu a chegada de empresas mineradoras na região. Iniciou-se uma nova fase de desenvolvimento em Catas Altas, fazendo que muitos abandonassem o cultivo da uva em busca do sonho do dinheiro fácil. Os poucos que continuaram a produzir vinho preferiram usar a jabuticaba, pois as árvores existiam em quase todos os quintais e frutificavam em abundância, não necessitando de muitos cuidados.

Evidentemente, a época das mineradoras durou poucos anos. Com a produção de vinho já decadente, mais uma vez, a população de Catas Altas voltava à miséria.

E muitos em Catas Altas ainda indagam se tudo isso é verdade.


Museu em casarão histórico de Catas Altas





CBN Sabores BH - 15.10.2009

Para informações sobre este programa, que indicou cursos gratuitos no BH Shopping, clique aqui.

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CBN Sabores BH - 14.10.2009

Para informações sobre este programa, que indicou um livro sobre técnicas de culinária, clique aqui.

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15.10.09

CBN Sabores BH - Promoção "Roteiro Pampulha Gourmet"

A partir desta semana, todos os ouvintes que enviarem e-mail para o programa CBN Sabores BH através do saboresbh@cbn.com.br irão concorrer ao “Roteiro Pampulha Gourmet”. Este consiste em uma espécie de carnê que dá direito a 100% de desconto no prato do acompanhante em diversos restaurantes da Pampulha em determinados dias da semana.

O sorteiro acontecerá todas às sextas-feiras durante o programa. Caso o ouvinte seja premiado, ele deve passar na portaria da rádio CBN (Av. Raja Gabaglia, 3502 / 4o. andar), em horário comercial, e com documento de identidade em mãos..

Obs: Mas, pessoal, não vale mandar e-mail dizendo apenas "sou fulano de tal e quero participar da promoção". Tem que participar mesmo; seja comentando sobre algo que falamos no radio, pedindo sugestões, recomendando uma iguaria, ou até nos criticando.


Aulas gratuitas no BH Shopping

Para maiores informações sobre aulas gratuitas promovidas pela Brastemp Gourmet (BGourmet), que acontecem até o próximo sábado no BH Shopping, clique aqui.

CBN Sabores BH - 13.10.2009

Para informações sobre este programa, que tratou de comidas ligadas à infância, clique aqui.

Para escutar este programa, clique aqui.

Coluna Água na Boca - 11.10.2009

Para melhor visualizar a coluna, favor clicar sobre a foto abaixo.

14.10.09

CBN Sabores BH - 12.10.2009

Neste programa, que foi ao ar em pleno Dia das Crianças, conversei com o Marcelo sobre comidas que nos fazem lembrar da infância. Contei que na minha família, o sábado era dedicado ao frango ensopado com batatas comido no sitio. Marcelo disse que no seu sábado era servido carne moida com angu e couve bem fininha refogada.

Em seguida, falamos sobre um símbolo da infância: o brigadeiro. Disse então que gosto de prepará-lo na seguinte proporção: 1 lata de leite condensado com 1 1/2 colher (sopa) rasa de Nescau, e colher (chá) de margarina ou manteiga sem sal.

Sugeri o brigadeiro da Cheesecake, que fica na Praça de Alimentação do BH Shopping, e da loja Célia Soutto Mayor, na Praça de Alimentação do Diamond Mall.

Um legítimo brigadeiro

Por fim, recomendei as guloseimas típicas de antigamente como Dadinhos, balas toffee, chicletes Ploc, caixa de uva-passas cobertas com chocolate, etc. Estes podem ser encontrados no Rei do Chocolate (Rua Antônio de Albuquerque, 700 / Bairro: Funcionários / BH - MG) e na Chocobel (Rua Antônio de Albuquerque, 418 / Bairro: Funcionários / BH - MG).


Guloseimas típicas da infância.

Para escutar este programa, clique no "Play" abaixo.


Receita bem fácil de rocambole

No programa CBN Sabores BH dedicado ao rocambole, prometi para os ouvintes publicar uma receita de rocambole.

Segue abaixo um modo bem fácil de preparar esta gostosa sobremesa (três segredos para torná-lo um sucesso:

- Recheá-lo com um doce de leite de excelente qualidade (como o doce de leite Viçosa ou o argentino Salamandra);

- Molhar o pão de ló com algumas colheres (sopa) de algum licor (como, por exemplo, Amaretto);

- Passá-lo em mistura de açúcar com um bocadinho de canela em pó (ou então até em mistura de açúcar com amêndoas laminadas ou pistache picado).

Rocambole

Ingredientes:

6 ovos
125 gramas de açúcar
125 gramas de farinha de trigo
1 colher (chá) de fermento químico (pó Royal)

Modo de preparo:

Bater bem os ovos com o açúcar em batedeira. Desligar. Juntar a farinha de trigo com o fermento e mexer com colher de pau. Cobrir um tabuleiro retangular (cerca de 40 cm por 30 cm) com papel manteiga. Colocar a massa de pão de ló por cima do papel manteiga e assar no forno em temperatura média por cerca de 10-15 minutos (fazer o teste do palito para verificar se está pronto). Rechear conforme seu gosto individual: doce-de-leite, goiabada, brigadeiro, etc. Enrolar com cuidado e depois passa-lo em mistura de açúcar com canela em pó.

CBN Sabores BH - 09.10.2009

Para informações sobre este programa, que tratou de e-mails enviados pelos ouvintes do programa, clique aqui.

Para escutar este programa, clique aqui.

Deliciosas sobremesas

Dediquei um recente programa "CBN Sabores BH" aos rocamboles.

Além de indicar para os ouvintes da rádio CBN onde encontrá-los em Beagá, falei rapidamente sobre a capital do rocambole: Lagoa Dourada. Também destaquei o bolo de rolo de Pernambuco (o melhor deles é encontrado na Casa dos Frios).

Assim, publico abaixo duas matérias que escrevi sobre estes assuntos: uma sobre o rocambole de Lagoa Dourada e outra sobre o bolo de rolo da Casa dos Frios.



O Rocambole de Lagoa Dourada

por Rusty Marcellini


Ao se aproximar de Lagoa Dourada, o viajante irá perceber inúmeras placas às margens da estrada com propagandas de rocamboles. Existe “o Legítimo”, “o Tradicional”, “o Delicioso”, “o Rei do Rocambole” e o “Rocambole e Cia.”.

Lagoa Dourada, que tem sua fundação ligada ao descobrimento do ouro pelo bandeirante Oliveira Leitão em 1625, se tornou conhecida como “a capital do rocambole”. São muitos os pontos que vendem o doce, que pode ser encontrado em diversos sabores: além do tradicional, recheado com doce de leite, há a opção de goiabada, chocolate, e doce de leite com coco, ameixa, ou maracujá.

Mas afinal, como a cidade se tornou conhecida com a capital do rocambole?

A história começa com um descendente de imigrantes libaneses, o senhor Miguel Youssef. Depois de se casar com a lagoense Dolores de Mello, decidiu montar um botequim em Lagoa Dourada. Uma vez por semana, Miguel fazia um rocambole que era vendido como sobremesa.

Anos depois, seus filhos assumiram o bar. Um deles, Paulo Miguel, que morava em São Paulo e não participava dos negócios, veio visitar seus irmãos e os encontrou em dificuldades financeiras. Paulo Miguel largou o emprego na capital paulista e investiu no botequim: criou o “Bar e Hotel Glória”. Nessa época, o rocambole ainda era apenas um dos doces vendidos no bar, localizado numa esquina que servia como parada de ônibus interestaduais. Em 1965, Paulo Miguel criou uma caixa para que o viajante pudesse levar o rocambole junto de si. Com isso houve o aumento da demanda. Em 1975, com 45 anos de idade, Paulo Miguel sofreu um infarto. Com seu falecimento, os negócios entraram em decadência. A solução encontrada pela viúva Simone foi vender o bar.

Em 1981, Simone conseguiu levantar um capital e abriu o “Bar e Restaurante Rocambole”. Dois anos depois, um de seus filhos, Ricardo Youssef do Líbano, assumiu os negócios. Seu primeiro passo foi colocar várias placas pelas estradas de acesso a cidade, anunciando “o Legítimo Rocambole” de Lagoa Dourada. A idéia foi um sucesso. Turistas passaram a parar para comprar o doce. Tudo ia a mil maravilhas. Mas um acidente mudou novamente o rumo dos negócios.

Em 1996, Ricardo foi atingido por uma descarga elétrica durante uma tempestade, falecendo com 33 anos de idade. Com muita força e dedicação, Marise, sua esposa, continuou adiante o negócio iniciado gerações antes. Hoje, é ela a responsável em preservar a tradição do “Legítimo Rocambole” de Lagoa Dourada.


O Legítimo Rocambole
Rua Miguel Youssef, 38.
Tel. (32) 3363-1538.
Lagoa Dourada – MG.



O rocambole de Lagoa Dourada



Patrimônio doce e saboroso
por Rusty Marcellini

Se você não deseja ver um pernambucano irritado, nem ouse em querer comparar o bolo-de-rolo a um mero rocambole. Para eles, a deliciosa iguaria feita de camadas finíssimas de pão-de-ló recheadas com goiabada é tão importante que se tornou oficialmente um Patrimônio Cultural e Imaterial de Pernambuco.


Em Recife é raro encontrar alguém que não associe o bolo-de-rolo à Casa dos Frios. A tradicional delicatessen é a responsável pelo feitio da mais aclamada receita do quitute na capital. Fundada em 1957 na Rua da Palma, no centro da cidade, a Casa dos Frios possui lojas nos bairros de Boa Viagem e da Graça. Também é possível encontrar o bolo-de-rolo em um quiosque da empresa que funciona no saguão do Aeroporto de Guararapes.


Toda a produção do bolo é feita na loja matriz, localizada na Rua Rui Barbosa. Ali, uma das mais leais funcionárias é Dona Ana Maria Soares. Com mais de 80 anos, a incansável senhora trabalha há décadas na empresa. Nos anos 70, ao lado da proprietária Fernanda Dias, foi ela quem desenvolveu e aperfeiçoou a festejada receita do bolo-de-rolo. Dona Ana revela que seu diferencial é a técnica de enrolar as finíssimas camadas do bolo. “Tem que ser feito com a massa ainda quente. E apertar bastante”. Ela ressalta ainda que é importante espalhar bem o recheio e não colocá-lo em excesso.


Apesar de o bolo-de-rolo pedir tradicionalmente o recheio de goiabada, na Casa dos Frios é possível encontrá-lo nos sabores de doce-de-leite, ameixa, chocolate, nozes e maracujá. Seja qual for a escolha, o importante é saber que, ao prová-lo, degusta-se também um dos maiores símbolos da culinária pernambucana.

Casa dos Frios
Avenida Rui Barbosa, 412,
Bairro das Graças.
Tel. (81) 3421-1259.
Recife - PE.

O bolo de rolo da Casa dos Frios

12.10.09

CBN Sabores BH - 08.10.2009

Para informações sobre este programa, que tratou da berinjela, clique aqui.

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CBN Sabores BH - 07.10.2009

Para informações sobre este programa, que foi sobre pratos da culinária francesa servidos a R$ 1,00 no Restaurante Popular de Belo Horizonte, clique aqui.

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8.10.09

CBN Sabores BH - 06.10.2009

Para informações sobre este programa, cujo tema foi rocamboles, clique aqui.

Para escutar este programa, clique aqui.

Blog do CBN Sabores BH

A partir do dia 06 de outubro de 2009, irei postar também em um segundo blog, o "Blog do CBN Sabores BH", cujo endereço de acesso é o:
http://colunas.cbn.globoradio.globo.com/cbnsaboresbh.

Nele estarei postando os endereços citados no programa que apresento na rádio CBN, assim como demais acontecimentos relacionados a gastronomia em Belo Horizonte e arredores.


CBN Sabores BH - 05.10.2009

Neste programa, demos continuidade a lista das melhores paradas nas rodovias mineiras segundo nossos ouvintes:

- Fernando Mazzilli indicou uma parada na BH-Vitória que fica a 100-120 km da capital mineira. "Trata-se de um lugar rústico, no meio de árvores, entretando extremamente limpo e com uma decoraçao verde super agradável. Chama-se Montanha. Recomendo o pastelzinho de frango com catupiry e o de bacalhau, feitos na hora (como se fosse uma coxinha)".


- Paulo Gontijo disse que viaja "frequentemente para Bom Despacho, oeste de Minas. Existe na estrada uma parada excelente chamada Café da Terra. Funciona como lanchonete, tem restaurante e lojas de roupas e calçados. O ambiente é rústico, com curral, vaquinha e tudo mais. E o mais importante as comidas são ótimas, especialmente o pão de queijo, o requeijão e os doces.
Fica na margem esquerda da BR-262, sentido Triângulo Mineiro, no munícipio de Araujos, a aproximadamente 15 km antes do trevo de Bom Despacho (sentido BH/Triângulo)".

- Geraldo Magela conta haver "alguns restaurantes de estradas que gosto de passar quando viajo. Primeiro é o Milhão na BR-262 entre a cidade de Juatuba e Pará de Minas. Lá tem os derivados de milho verde. Sempre que passo por lá tomo um suco de milho e como um mingau de milho verde com canela. Os produtos estão sempre fresquinhos. Na hora de ir embora compro um requeijão caseiro com rapa, é uma delicia. O segundo fica na BR-040 sentido Brasília próximo da cidade de Paraopeba, antes do trevão de Montes Claros tem a parada Leite ao Pé da Vaca. O local é muito agradável parece uma fazendinha com vários animais, ótimo para ir com a família. Tem até uma vaca onde se você quiser tomar um leite tirado na hora ao pé da vaca. Mais o que eu adoro comer lá é o espetinho de frango e o pastel frito. O pastel é frito na hora e o espetinho de frango como se vende muito saí toda hora". O terceiro é o Beleus na BR-262 sentido Ipatinga já é conhecido por todos que passam por este caminho. O pão de queijo e os salgados são perfeitos. O meu favorito é o salgado de requeijão com milho. Outro restaurante que gostei, não me lembro o nome, mais fica na MG050 em Passos, em frente ao Lago de Furnas. Lá serve uma traíra sem espinha recheada que é uma delicia. Vale a pena experimentar este prato".

- Ligia Dutra sugere "aVaquinha da nevada (BR 040), próximo a Conselheiro Lafaiete, [há outra unidade na Fernão Dias - BH-SP - próximo de Carmópolis de Minas] sentidoBH/RIO, lado esquerdo, super limpa, caprichada, com lanches eguloseimaspara levar para casa deliciosos; e o Café com prosa, no caminho para Tiradentes, logo após quando vc deixa a BR-040 do lado esquerdo sentido BH/Tiradentes,lindinha, coisas deliciosas!!!"

- Cleuza Caires indica "uma parada na BR-262 indo para Timóteo, não sei a KM , mas sempre para quando estou voltando para BH. Lanche da Montanha, é um lugar bem rustico , que tem uma nascente com bicas de agua para beber, e até os banheiros são intereçantíssimos. Alem da decoração, o lugar é muito bonito, e todo mundo que para lá para lanchar perde um tempinho a mais tirando algumas fotografias. Alem disso os salgados são deliciosos, principalmente o pastel de queijo e camarão. A massa é divina."

- Alexandre de Sousa conta que gosta de duas paradas na BR-040 em direção a Brasília, Norte de Minas e Vale do Jequitinhona: o Engenho, entre BH e Ste Lagoas e o Leite ao Pé da Vaca, logo após Paraopeba, sentido norte.

Por fim, sugeri algumas de minhas paradas prediletas:

- Formiga Doceira, às margens da rodovia MG-050, que liga a capital mineira à represa de Furnas. Além de especializado em compotas de frutas e sobremesas mineiras, o local oferece deliciosas iguarias. De supetão, recomendo matar a sede com um copo de suco de abacaxi com hortelã, de milho verde, ou de açaí (R$ 2,00 cada). Depois, não deixe de provar um dos melhores pastéis de frango com catupiry (R$ 2,50) que já comi na vida. Se a fome ainda prevalecer, peça um pão de queijo recheado com lombo (R$ 3,40) ou um mingau de milho verde (R$ 1,20 o pote pequeno). Antes de retornar à estrada, passe na lojinha e prove os doces ali produzidos. Recomendo levar para casa, ou de presente para alguém, a ambrosia, e as compotas de laranjinha kinkan e de mini abacaxi.

- O Gauchão, que funciona em duas localidades: na BR-262, que liga Minas Gerais ao Espírito Santo, e nas proximidades de Carandaí, às margens da BR-040. Tanto os motoristas que seguem para o litoral capixaba quanto àqueles em direção ao Rio de Janeiro podem provar um fantástico sanduíche de pão francês com lingüiça e requeijão (R$ 3,50). Recomendo também o espetinho de carneiro servido com molho de hortelã (R$ 4,00). Além destas iguarias, é possível levar casa frango caipira inteiro, carne de sol, e coelho.

- Vaquinha da Nevada, localizada em Carmópolis de Minas, na BR-381, que liga Belo Horizonte a São Paulo, oferece inúmeros produtos de qualidade. Destaco tudo aquilo que tenha queijo, como o pastel de queijo (R$ 2,20) e a empada de queijo (R$ 2,50). Também adoro o queijo minas frescal ali produzido. Este pode ser saboreado sozinho, em fatias, ou dentro de um pão de queijo. Ah, outra sugestão: se houver crianças junto de si, leve-as para provar um copo de leite tirado ao pé da sorridente vaquinha que fica numa área ao lado da lanchonete. [Há uma filial na BR-040 em direção ao RJ]


- Roselanche, localizada nas cercanias de Barbacena, às margens da BR-040 em direção ao Rio de Janeiro, o Roselanche oferece deliciosos salgados. O pão de queijo (R$ 1,30) é enorme, delicioso e quentinho; o cigarrete (R$ 2,00), crocante e recheado com presunto e queijo derretido; e o espetinho de frango (R$ 3,50), suculento e saboroso. Se a fome for grande, sugiro um sanduíche de filé com queijo no pão francês (R$ 6,60). Já para adoçar a viagem, há uma vitrine de doces com nhá benta, bombom de nozes, brigadeiro, e uma das especialidades do local: o rocambole de doce-de-leite.

- Destaco ainda a excelente Casa do Alemão, na BR-040 em Petrópolis (na volta do RJ), onde há um divino croquete de carne e um soberbo sanduíche de patê de fígado com queijo no brioche; a Traíra sem Espinho e a Venda do Chico, ambas na Fernão Dias (BH-SP) em Três Corações.


Sugestões de paradas em rodovias: Roselanche, Casa do Alemão, e Formiga Doceira.


Para escutar este programa, clique aqui.

6.10.09

CBN Sabores BH - 02.10.2009

Através de intensa participação dos ouvintes pelo e-mail "saboresbh@cbn.com.br", fizemos um levantamento de algumas das melhores paradas das rodovias mineiras:

(Nota: a pauta deste programa foi uma sugestão do ouvinte Humberto Abreu, de Timóteu, MG)

- Carla Reis contou que em suas "passagens pela Fernão Dias, não deixo de parar na Venda do Chico, na altura de Três Corações. Eles têm o restaurante - muito bom - adoro comer a tilápia e a Lanchonete Leite com Café que é a minha preferida! O local é bem estilo rústico, tipo roça; muito bem decoradinho e agradável. Na lanchonete vende artesanato, queijos e outros. Têm um pãozinho de queijo recheado muito bom, bolos com jeitinho de fazenda irresistíveis!"

- Denise Terenzi dá duas sugestões. "A primeira é o Café dos Motoristas, na MG 050 perto de Divinópolis. O pão de sal ou de queijo com linguiça, os biscoitos frito de sal e doce (tudo feito lá mesmo) e a refeição (PF, Bandeja ou refeição mesmo) também são ótimos. O negócio já tem mais de 30 anos e vale a pena experimentar. Outra muito boa é Beleus em São Gonçalo do Rio Abaixo, onde tem um pastel portugues divino e o ambiente é super agradável, inclusive eles tem uns aspersores de água perfumada, muito legal. É limpíssimo."


- Victor Marques, um ouvinte de Sorriso, MT, indica que "Minha parada predileta fica na BR 262 indo para Vitória - ES próximo a João Monlevade e se chama Posto Gauchão onde se serve um pão com linguiça simplesmente delicioso. A linguiça é feita pelo próprio dono do estabelecimento (muito boa!!!) e o sanduiche com pão francês e requeijão é o melhor que já comi em toda minha vida. Como lá toda vez que passo por ali. E ainda levo uns para viagem e também um pouco da linguiça para fazer pão com linguiça em casa (mas que não ficam bons como o pão com linguiça feito lá...).


- Humberto Abreu diz que sua "parada especial se chama BELLEU"S . Quem me indicou foi o meu falecido pai,isso em 1983. Na época era um espaço minúsculo em São Gonçalo do Rio Abaixo, na BR-381 Norte. Os salgaldinhos ( fritos ou assados) muito bem feitos , quentinhos ,a qualidade não variava, a limpeza do ambiente e do pessoal do atendimento sempre impecável. E uma coisa muito importante para quem viaja , banheiros limpíssimos , apesar de pequenos.Hoje a casa cresceu muito, é ampla , bem montada , muito aço inox, granito e fórmica. Não perdeu seu foco , é lanchonete e cafeteria. Os salgadinhos mantêm o sabor , ouvi dizer que o dono não multiplica os ingredientes das receitas, faz várias vezes as receitas com as porções originais , é o segredo ,diz ele. Quanto ao ítens limpeza e asseio é de dar inveja a muita dona de casa , a área de atendimento e banheiros brilham de tão limpos".

- Victor D'Avila diz que a melhor parada da BR 381, indo de BH para João Monlevade, é o famoso "Pão com Liguinça".

- Adílson de Souza revela que "não podia deixar de indicar o pão com linguiça do Recanto da Cascata situado as margens da BR 262 (perto João Monlevade), é o melhor que existe, não deixem de indicar, é impossivel ir ao ES sem parar lá".



Pão com linguiça do Posto Gauchão.


Para escutar este programa, clique aqui.

Coluna Água na Boca - 04.10.2009

Para melhor visualizar a coluna, favor clicar sobre a foto abaixo.

2.10.09

CBN Sabores BH - 01.10.2009

Neste programa, indiquei para os ouvintes uma outra maneira de encontrar restaurantes de qualidade no Brasil que além dos sugeridos pelo Guia 4 Rodas: àqueles pertencentes à Associação Boa Lembrança (www.boalembranca.com.br).

Os pratos de ceramica da Associação Boa Lembrança

Expliquei no que consiste a associação, falei sobre seus aclamados pratos de cerâmica, e listei os restaurantes associados em BH. São eles:

- A Favorita (cozinha internacional).
- Dona Derna (cozinha italiana).
- Splendido (cozinha internacional).
- Vecchio Sogno (cozinha italiana).
- D'Artagnan (cozinha francesa).
- Taste Vin (cozinha francesa).
- Patuscada (cozinha variada)
- La Victoria (cozinha internacional).
- Osteria (cozinha italiana).
- Xapuri (cozinha internacional).

Para ler um texto que escrevi sobre os pratos de cerâmica da associação, clique aqui.

Para escutar este programa, clique aqui.

CBN Sabores BH - 30.09.2009

Neste programa, demos continuidade à explicação de como acontece a cotação de estrelas do Guia 4 Rodas. Em seguida, listamos todos as restaurantes estrelados pelo guia em sua edição de 2010. São eles:

- Alguidares (comida baiana) - 1 estrela
- Fogo de Chão (casa de carnes - rodízio) - 1 estrela.
- Aurora (cozinha contemporânea) - 1 estrela.
- Hermengarda (cozinha contemporânea) - 1 estrela.
- Taste Vin (cozinha francesa) - 1 estrela.
- Amigos do Rei (cozinha iraniana) - 1 estrela.
- Vecchio Sogno (cozinha italiana) - 2 estrelas.
- Splendido (cozinha italiana) - 1 estrela.
- Xapuri (cozinha regional) - 1 estrela.
- A Favorita (cozinha variada) - 1 estrela.
- D'Artagnan (cozinha variada) - 1 estrela.


Salão e couvert do restaurante Taste Vin que, na minha opinião, foi um dos grandes injustiçados do Guia 4 Rodas ed. 2010 por tê-lo rebaixado de duas para uma estrela.


Em Nova Lima, há ainda dois restaurantes estrelados, cada um com 1 estrela. São eles o La Victoria e o Divino.

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1.10.09

Pintando Pratos de Cerâmica

Durante o CBN Sabores BH de 01 de outubro de 2009, Marcelo contou para os ouvintes que lera um texto que escrevi em 2004 sobre os pratos da Associação Boa Lembrança, tema do programa. Prometi então publicá-lo no blog. Portanto, segue este abaixo:



Pintando Pratos de Cerâmica
por Rusty Marcellini

Se não fosse pela incapacidade de um vendedor de queijo de cabra, talvez os pratos da Boa Lembrança sequer teriam existido.

Eduardo era o dono das cabras, Pituca e Olga seus amigos. Eduardo produzia um queijo de cabra excepcional, mas não conseguia vendê-los a nenhum dos restaurantes do distrito de Itaipava. Olga resolveu ajudá-lo e o desafiou, dizendo que conseguiria colocar o produto no mais respeitado restaurante da região, o Locanda Della Mimosa. Para isso, marcou um encontro com o proprietário e chef do restaurante, Danio Braga. Este provou do queijo e gostou. Porém, algo mais aconteceu no encontro.

Alguma coisa deixava Danio inquieto, incomodado: ele precisava de uma ajuda para concretizar um de seus projetos. O chef, então, sem mais nem menos, decidiu perguntar a Olga se conhecia alguém que trabalhasse com pratos de cerâmica. Ela respondeu que sim: seu marido Pituca. Danio jamais esperava por tal resposta e, incrédulo, agendou um encontro com o ceramista.

Danio Braga, um italiano radicado no Brasil, imaginava fundar uma associação semelhante a Unione Ristoranti Del Buon Ricordo, que existe há mais de 40 anos em seu país natal. Seu intuito era que cada vez que um determinado prato do cardápio fosse pedido, o cliente recebesse, ao final da refeição, um prato de cerâmica com um desenho da receita que degustara. Agora, bastava explicar o projeto a Pituca.

O primeiro encontro entre os dois aconteceu em meados de 1993. Após a explicação do projeto, Pituca perguntou quantos pratos seriam necessários mensalmente. Danio não soube respondê-lo. Perguntou, então, como seria o desenho, mas também não conseguiu uma resposta exata. Porém, apesar do encontro ter sido um pouco vago, foi ali que surgiu uma idéia de sucesso.

Dias depois, Pituca foi convidado para almoçar no Locanda. Danio contou que havia contactado alguns donos de restaurantes e estes mostraram entusiasmo com sua idéia. Pituca disse que precisaria de uns seis meses para preparar o forno, os pratos, o esmalte etc. Danio respondeu que tudo bem, e serviu uma “porquetta alla Romana”. A receita foi o primeiro esboço de um prato da Boa Lembrança - o desenho de um porquinho assado ao lado de colunas romanas.

Em março de 1994, a Associação da Boa Lembrança foi lançada num almoço no Locanda Della Mimosa.

O ateliê de Pituca e Olga começou a produzir os pratos da Boa Lembrança com apenas um funcionário empregado. Em 2004, eram dez empregados fixos, além de três diaristas. Cada prato é pintado manualmente, sendo Olga a encarregada do desenho original, que é válido pelo período de um ano. Conforme a quantidade da demanda, uma nova leva de pratos é produzida e enviada para repor o estoque do restaurante.

A criação de cada prato acontece da seguinte maneira: inicialmente, o restaurante envia a receita do prato. Baseado nela, Olga pinta o primeiro esboço, fotografa o desenho e envia por e-mail ao proprietário do restaurante. Após eventuais comentários, um novo esboço, se necessário, é feito. Com a mútua satisfação, um carimbo com o contorno do desenho é produzido para auxiliar as funcionárias na reprodução da pintura original. Após ser pintado, cada prato recebe um banho de esmalte antes de ir ao forno, garantindo que não sofra alterações. Quando a temperatura alcança em torno de 1000oC, o esmalte derrete, penetra nos poros do prato de cerâmica, e fixa a tinta. Após o esfriamento do forno, um período de aproximadamente 12 horas, o prato está pronto para seguir para o associado.

A parede do ateliê é decorada com inúmeros pratos da Associação da Boa Lembrança. Muitos são raridades. Pituca conta haver leilões na internet, aonde os pratos são disputados a altos preços, além de clubes de colecionadores que efetuam trocas entre si.

Num canto da parede está o mais raro dos pratos, o do restaurante Aquarella. Instantes antes da associação ter sido lançada, em março de 1994, cada restaurante recebeu uma leva de 300 pratos. Porém, o que não era esperado é que o restaurante fosse fechar as portas antes da associação ser lançada oficialmente. Os trezentos pratos do Aquarella ficaram encalhados. Provavelmente, acabaram sendo doados a amigos e parentes do proprietário, sem que este soubesse que anos depois seria disputado a tapas por colecionadores fanáticos.

Existem ainda os pratos cujos donos de restaurantes são supersticiosos ou cheios de manias. Uma das associadas sempre exigia que seus pratos tivessem o desenho de um gato, mesmo apesar dele jamais constar em receita alguma. O motivo da mania era sua paixão pelo bichano, o qual também poderia ser visto numa tatuagem em sua nuca por quem visitasse seu restaurante em São Paulo.

Pituca tem seu desenho favorito, uma série de galinhas desenhadas com traços finos dançando o can can. O prato referido é o do restaurante Lês Artistes, no Rio de Janeiro, cuja receita era um “Cuisse de Poilet au Poivre Rouge”, de 1994.

O ceramista conta que há ainda os best sellers. Em 2004, por exemplo, os de maior demanda são a receita “Maracutu Imperial”, do restaurante Beijupirá, em Porto de Galinhas, PE; o “Picadinho do Barão”, do restaurante Esch Café, no Rio de Janeiro; e o “Camarão à Eça de Queiroz”, do Oficina do Sabor, em Olinda, PE.

Atualmente, prato mais difícil de conseguir é o da VARIG. Este só é oferecido aos passageiros de primeira classe e em determinadas rotas aéreas, que são alteradas mensalmente. No ano de 2004, o prato da Boa Lembrança da VARIG traz a receita de codornas marinadas em vinho branco, acompanhadas por batatas assadas com a casca e salteadas com manteiga e sálvia, servidas sobre um leito de cogumelos shitaki, shimeji e Paris. A receita foi criada por Alex Atala, chefe proprietário do Restaurante D.O.M em São Paulo. Porém, para conseguir degustar a receita, o passageiro deve desembolsar, por um trecho barato como Rio – Miami, a bagatela de aproximadamente 6.000 dólares. Entretanto, há colecionadores que dizem haver comissários de bordo e até pilotos dispostos a negociar o prato por valores bastante inferiores aos da passagem...

Obs: Quanto ao vendedor do queijo, seu negócio não foi para frente e ele acabou vendendo todas suas cabras.

Dados:

Em 2004, a Associação da Boa Lembrança contava com 60 associados, distribuídos por 14 estados brasileiros. São vendidos, em média, 9.000 pratos por mês, sendo que o tempo gasto para desenhar cada um é, em média, de 15 a 20 minutos.

Associação da Boa Lembrança
www.boalembranca.com.br