23.2.12

As predileções gastronômicas do Boni

escrevi neste blog que muito pode ser dito sobre a personalidade de uma pessoa observando como esta se alimenta. 

Na ocasião, transcrevi trechos do perfil de José Serra publicado na revista Piauí, como:

"[Serra] resolveu dar a receita de uma macarrão "espetacular" para provar que entende do assunto. "Como chama a pasta dura?", perguntou. Alguém respondeu que era grano duro. "Ah, então essa, é com grano duro", continuou. "O molho leva tomate, azeite, alcaparra, já botei até gengibre. Como se chama aquela folha da moda? É rúcula, não é? Então pode por também. Esse molho fica maravilhoso e não tem alho nem cebola".

Dá para perceber pela receita do macarrão que Serra pouco entende de culinária. Que mistureba de ingredientes que nada combinam entre si. Será que é impressão minha ou ele também erra ao escolher os seus parceiros políticos?

Pois bem, recentemente terminei o Livro do Boni (não recomendo a leitura deste por ter apenas parcos capítulos interessantes). Na obra, percebi que, felizmente, o homem que implantou o "padrão Globo de qualidade" tem melhor aptidão para a boa mesa do que o político paulista.

"Sempre gostei de comer e beber bem. (...) À tarde, ao sair do trabalho, passávamos no bar do Luiz para tomar uns chopes. Eu era frequentador assíduo do Da Giovanni, na Basílio da Gama, onde eu ia para comer um ravioloni ou um coelho. Ao lado, ficava o Cadoro, com seu bolito misto, cortado e servido com maestria pelo Ático. No Da Giovanni tornei-me amigo do Braz, maitre e sommelier, grande figura, até hoje em serviço no Jardim di Napoli. O Braz é um ser humano especial, gentil, educado e um conhecedor emérito de vinhos. O Jardim, ainda no viaduto Maria Paula, passou a ser a minha casa desde que abriu. Fui um dos primeiros a conhecer o famoso polpettone. (...) Outro lugar imperdível era o Porão do Afonso, na rua Santo Antônio, no Bexiga, onde se comia a melhor perna de cabrito do planeta e a inesquecível alcachofra all'inferno(...) A Cantina Capuano, ao lado do Teatro Brasileiro de Comédia, com seu clássico fusilli, era ponto de encontro de artistas e publicitários, assim como o Gigetto. Mas a Costela de Ouro, do Darcy da Varig, ao lado do aeroporto de Congonhas, valia qualquer viagem.".


 Polpetone do Jardim di Napoli, 
restaurante recomendado pelo Boni
Foto: Beatriz Toledo/Folha Imagem.



Caso queira saber outras predileções do Boni, recomendo o site The Boni Guide.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ótimo post, Rusty!

Um grande abraço!


Ass: Daniel Neto (Nenel) / www.baixagastronomia.net