13.9.10

Coluna Gastrô - Jornal O Tempo - 27.08.2010

Temporada de Prêmios – parte 2



Na semana passada, comentei a premiação dos melhores estabelecimentos de Belo Horizonte da revista Encontro. Nesta, dedico a coluna à eleição da revista Veja.


Resumindo, em sua 14ª edição, os premiados pela Veja Belo Horizonte Comer e Beber são praticamente os mesmos dos anos anteriores.


Não seria hora de finalmente dar um troféu hors concours para os estabelecimentos que são sempre os “melhores”? Por que não abrir as portas para que novas casas se destaquem no contexto gastronômico da capital mineira? Todos nós já sabemos o quão maravilhosa é a cozinha do Xapuri, do Taste Vin, do Vecchio Sogno, e do Sushi Naka. Ou quão deliciosos são os pães de queijo do Verdemar, os sanduíches do Eddie Fine Burgers, e os pães da Casa Bonomi.


Apesar da mesmice da premiação, consegui pinçar algumas mudanças na edição 2010 em comparação a de 2009.


No quadro “Comidinhas”, a categoria “Café Expresso” mudou para “Café” e foi vencida pelo Café Kahlúa (ano passado, deu Café Bistrô Santa Sophia. O prêmio melhor “Doceria” foi para o Doces de Portugal (em 2009, deu Ah! Bon). As categorias “Chocolate”, “Pastel”, “Salgado” e “Suco” foram extintas. No lugar destas entraram melhor “Empada” e, inacreditavelmente, melhor “Temakeria”. Será que o temaki está tão enraizado na cultura mineira para ter uma categoria própria? Pelo jeito, o mais novo modismo da cidade, as sorveteria de iogurte (ou melhor, yogurt; pois todas são batizadas com nomes que começam com “Y”), deve ganhar sua categoria em 2011. As demais eleitas, nas categorias “Empório Gourmet”, “Padaria”, “Pão de Queijo”, “Sanduíche”, e “Sorvete” são idênticas à edição 2009.


No quadro “Bares”, a principal mudança foi a exclusão de melhor “Chope” e a inclusão de melhor “Carta de Cervejas” (venceu Café Viena Beer. Por incrível que pareça, o Haus Munchen não foi sequer citado pelos jurados). Minha opinião é que se existe na cidade um número bem maior de choperias do que de casas com cardápios de cerveja, a primeira categoria jamais deveria existir em prol da inclusão da segunda. Outra novidade é a melhor “Cozinha” de Bar, que foi para o Bar do Antônio. Outras mudanças em relação a 2009 foram as premiações do Studio Bar como melhor “Música ao Vivo” (em 2009, deu Vinnil) e do Graças a Deus como melhor “Para Paquerar” (em 2009, deu Tizé). As demais categorias, “Boteco”, Carta de Cachaças”, “Fim de Noite”, “Happy Hour” e “Para ir a Dois”, foram os mesmos vencedores do ano passado.


No quadro “Restaurantes”, foi extinta a categoria “Carta de Vinhos”. A categoria “Carne” foi dividida em “Carne” (deu La Victoria) e “Carne/Rodízio” (deu Fogo de Chão). As únicas mudanças foram a escolha da Távola Pizza & Vino no lugar do Olégario na categoria de melhor “Pizzaria” e do Hermengarda no lugar de A Favorita em melhor “Variado”. Em observação à edição de 2009, 9 dos 11 restaurantes premiados são os mesmos. Ou seja: como diria aquela propaganda, está na hora da revista rever os seus conceitos.



(Para melhor visualizar os quadros, favor clicar sobre estes).





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