Fabiana e eu conversamos sobre a possível proibição do uso de panelas e tachos de cobre no preparo de receitas.
Contei que o assunto foi debatido na palestra “O Que Será do Doce sem o Tacho?”, com Fabrice Le Nud (da Douce France) e Gasparina Laurentina de Resende (da Doces Ana, de Araxá), que assisti durante o evento Paladar do Brasil, em São Paulo.
Na ocasião, escutei de Dona Gasparina que se o tacho de cobre for proibido, ela não poderá mais fazer muitos de seus doces como os de mamão, o de cidra, e o de leite. Ela disse que sem o tacho de cobre, o figo não fica com a coloração verde viva e brilhante, mas cinzenta e opaca. Fabrice diz que os doces feitos em panela de cobre não grudam no fundo e, ao contrário do inox, não sofrem caramelização, possuindo, portanto, uma textura mais lisa.
Mas para os legisladores é muito mais fácil proibir do que educar. Afinal, a contaminação de alimentos com o cobre se deve à má conservação e higienização de tachos e panelas. Então porque não ensinar aos doceiros como limpar o cobre? Fabrice demonstrou no workshop como é fácil e barata esta tarefa. Basta esfregar a panela, utilizando a própria mão, com bastante vinagre e sal grosso. Em poucos segundos, percebe-se que o cobre vai ganhando uma coloração rosácea. Depois basta passá-la em água corrente. Outro método para limpar tachos pequenos ou panelas, este método um pouco mais caro, é deixá-los imersos em Coca-Cola por 1 hora.
Para escutar este programa, clique aqui.
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