15.7.12

Ainda o PF


Confesso que fiquei orgulhoso com o episódio sobre PF do Trilhas do Sabor. Pois, durante quase trinta minutos, ao lado de convidados, "destrinchamos" este ícone da culinária nacional. 

Conversamos, por exemplo, sobre as características de um bom PF, sobre as diferenças regionais na montagem deste e sobre o quanto o bufê à quilo o colocou em segundo plano na hora do almoço. 

Acredito que um dos objetivos do programa da Rede Minas é colocar uma lupa sobre pratos que caracterizam a cozinha brasileira e que, infelizmente, são renegados por modismos ou preconceitos.

Já escrevi aqui neste blog o quanto gosto de ler a coluna do crítico de gastronomia Léo Noronha, publicada semanalmente às sextas-feiras no jornal O Tempo. Pois no dia 29 de junho, o assunto dele foi o PF.

Abaixo, trechos da coluna do Léo:

"(...) sou avesso à massificação e franco defensor da variedade de serviços e produtos gastronômicos. E o prato feito se encaixa nisso, constituindo excelente alternativa à comida a quilo, assim como seu primo rico, o prato executivo, ou o "menu do dia", capaz de fazer a gente se sentir na Europa durante o almoço".

(...)

O prato feito (...) é visto pela classe média e alta como coisa de peão. Felizmente a Regina Casé, o hip hop e as Empreguetes estão aí para desancar o elitismo. A cultura nacional vai toda migrando para o reconhecimento e a valorização dos bons hábitos populares, como a nutritiva e completa mistura de arroz, feijão, verdura, legume e carne.

(...) 

"Já vi muita gente se dizendo envergonhada, ou simplesmente enjoada diante de uma montanha de arroz com feijão, coroada com ovo frito e adornada por uma linguiça, duas rodelas de tomate e uma folhinha de alface". 

(...) 

"Gosto de beleza. Muito, até. Mas ando incomodado com essa massificação estilística que meia dúzia de arquitetos conseguiu promover no cenário de bares e restaurantes de BH. Viva o prato feito, a simplicidade e a possibilidade de dispensar a maquiagem, a tal "produção" onipresente na sociedade do espetáculo".


Para ler a coluna na íntegra, clique aqui.

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