Li na coluna de hoje do Léo Noronha, do jornal O Tempo, sua revolta com a recusa do restaurante Dom Pasquale em aceitar pagamento por cartão de crédito. E pior, pelo que conclui do texto, não havia especificação no cardápio sobre tal procedimento.
"A falta de visibilidade [do restaurante] é uma explicação possível [para a não lotação da casa], mas há outras, como a absurda recusa do cartão de crédito num estabelecimento classe A, onde a conta, dificilmente, ficará abaixo dos R$ 150 por cabeça. Por pouco, Soraya e eu teríamos que passar a noite lavando pratos. Afinal, muitas vezes, me pego sem talão de cheques hoje em dia. O hábito de usar dinheiro eletrônico avançou tanto que até numa longínqua Caraíva a gente vê a maquininha da Cielo trabalhando rente à praia, sem cessar. Assim, seria de ótimo tom que se deixasse clara a impossibilidade de pagamento nessa modalidade, no Don Pasquale. Em vez disso, o garçom fez o anúncio ao terminar o serviço, agindo de forma pretensiosa, como se tivéssemos obrigação de saber do procedimento e, mais, como se este fosse algo naturalíssimo. Diante da reclamação e do pedido para que se observasse, no desconto do cheque, o prazo a que eu faria jus mediante uso do cartão, ainda fez cara de poucos amigos", escreve Noronha.
Percebo ainda no texto de Léo Noronha que a conta no Dom Pasquale gira em torno de R$ 150 por pessoa. O valor de um risoto de funghi com carrê de cordeiro é R$ 70! Convenhamos, por que tamanha irracionalidade em relação aos preços exercidos por muitos restaurantes em Belo Horizonte? Como pode uma conta na capital mineira ser mais cara do que em restaurantes europeus estrelados pelo Michelin? Ou, sem sair do Brasil, equivaler aos preços praticados pelo renomado Gero, do grupo Fasano?
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