6.6.11

CBN Sabores BH - 25.04.2011

Dei continuidade ao assunto “queijo minas artesanal lendo e comentando os e-mails dos seguintes ouvintes:

Arnaud Andrade Trigo escreveu: “A questão do queijo artesanal é técnica e não política, os politicos abraçam a causa mais pensando em seus votos do que na saúde da população. O queijo, como outros alimentos de origem animal, tem uma legislação própria porque o mesmo exige tal cuidado. Os políticos e a midia deveriam ter mais cuidado quando abraçam tais causas para jogar para o grande publico. Nestes casos vocês deveriam conhecer mais a fundo a causa para evitar ficar falando “bobagem” sobre o que pouco conhecem. Não é a primeira vez que ouço na CBN Sabores serviço de desinformação a respeito deste tipo de alimento. A saúde deve vir sempre em primeiro lugar”. [Discordei do Arnaud por acreditar que a legislação brasileira, sancionada na década de 1950 do século passado, prejudica os pequenos produtores e favorece a indústria. As leis relacionadas ao queijo minas artesanal foram baseadas nas leis sanitaristas americanas].

Jorge Dikamba escreveu: “Na Terça, 22 de Fevereiro de 2011, em Uberaba houve uma verdadeira “operação de guerra” na qual policiais militares armados, Procon estadual e Vigilância Sanitária derrotaram um bando de queijos Minas. (…), ameaçando os clientes pois estavam despidos de uma embalagem à vácuo e pior, sequer portavam sua tabela de informações nutricionais. A comunidade pode agora ficar tranquila, os nossos heróis que defendem
nossas vidas dos ataques desses queijos de péssima índole venceram: quase uma tonelada foi apreendida e destruída no aterro sanitário, esmagado sobre as esteiras de um impiedoso trator, pois eram “impróprios para o consumo”.
(…) O queijo mineiro, principalmente da Serra da Canastra é apreciado como uma fina iguaria, porém se for levado à geladeira altera seu sabor original, como querem esses “soldados” que doam suas vidas, se preciso for, para nos livrar desse “venenoso alimento”. (…) Parece que o Procon não sabe, mas costumamos, “até mediante torturas físicas”, deixar os queijos expostos ao ambiente para que eles fiquem curados. O IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária), (…) impõe que ele seja embalado à vácuo (…) e que traga na embalagem informações nutricionais. (…) Estão extinguindo as chances de sobrevivência do pequeno produtor rural, aquele mesmo que por falta de opção vai ser um João Ninguém na cidade onde seus filhos poderão exercer atividades menos regulamentadas como o tráfico. (…) Se prendem os queijos, porque não prendem os ratos?"

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