Costumes alimentícios

Não gostei do livro "Com Unhas, Dentes, e Cuca", escrito por Alex Atala e Carlos Alberto Dória. Achei a obra presunçosa, a começar pelo título.

Discordo de diversas opiniões dos autores, dentre as quais:

“Em restaurantes do mundo todo é cada vez mais freqüente chegarem à mesa pratos cujas explicações, fornecidas pelo garçom ao comensal, incluem informações como a de que o alimento ali presente foi cozido a uma temperatura que pode aludir a décimos de graus”.

[Acredito que não cabe ao cliente saber a técnica que existe por detrás da receita de um prato, a não ser que ele queira. O importante é que a comida esteja saborosa. E só.]

“Um chef seria, portanto, aquele que é capaz de criar um conceito novo. (...) Existe, assim, nessa nova definição de chef a capacidade de inovação ao lado de seu impacto sobre o sistema culinário. Em outras palavras, o impacto social é tão importante quanto aquele que se mede pelas papilas gustativas. Por esta dupla função do chef – um inovador e um administrador do prazer à mesa-, é fundamental entendê-lo como alguém que necessita, para poder criar, ser exímio executante. (...) Hoje, mais do que nunca, espera-se de um chef criatividade. (...) Clientes e veículos de comunicação cobram e valorizam esse aspecto."

[Discordo que seja essencial um chef buscar sempre a inovação. Creio que seja necessário saber o que acontece no mundo, mas não se submeter ao mercado pelo simples fato de que este deseja algo "novo". ].

Apesar de desgostar do livro, nele encontrei uma interessante tabela sobre os costumes alimentícios em diferentes estados do Brasil. Vejam só a enorme disparidade que existe no consumo de alguns produtos entre uma região e outra.

[Para melhor visualizar a tabela, favor clicar sobre a imagem abaixo]