5.6.08

David Parsons não chega à roça

Moro na roça. Mais especificamente em Belo Horizonte. Isto não significa que não gosto da cidade. Muito pelo contrário. Aqui, por exemplo, a gente ainda encontra pessoas em charretes no meio do trânsito e até casas sem forno microondas.

Mas se você é do tipo que gosta de assistir a um filme tão logo este estréie no país, ler uma revista antes de todo mundo, ou ir a shows e apresentações internacionais, aí...

Os filmes que quero assistir só chegam aqui na roça meses depois de estrearem nas cidades grandes (foi o que aconteceu, por exemplo, com Estômago, Signo da Cidade, Na Natureza Selvagem). Já minha revista favorita, a Piauí, só chego às bancas dois ou três dias depois de Rio e São Paulo. Mas o pior é quando as “coisas” nem sequer chegam aqui. Daí eu fico ainda mais fulo da vida.

Semana passada, lendo o jornal da cidade grande, O Estado de São Paulo, vi que o David Parsons iria se apresentar na capital paulista. Por ser desconjuntado e não saber chacoalhar, admiro ainda mais este genial grupo de dança. O espetáculo é sensual, com músicas deliciosas, e nada de palco enfeitado demais. Apenas gente bonita dançando. Simples e deslumbrante.

Segui lendo a reportagem e vi que a roça não estará dentre as cidades que David Parsons se apresentará. O espetáculo poderá ser visto, infelizmente, apenas em cidades grandes como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Porto Alegre e Salvador. E o pior de tudo, o nome do show é Nascimento Novo; uma homenagem às músicas de Milton Nascimento. Aliás, este sim é esperto. Foi embora da roça para que seu talento artístico tivesse o devido reconhecimento.

Um comentário:

Unknown disse...

Esse papo de que não sabe "chacoalhar" é puro lenga-lenga. Vai pra uma aula de dança! Aliás, vc deveria ir mesmo pra ver se anima e começa a ir mais pras baladas com sua mulher! Quem sabe vc não toma gosto!?
Bem, qnto ao assunto em questão (a ROÇA), enquanto as oportunidades e chances de uma grande mudança não chegam, o jeito é ir nos cinemas que estão por aqui mesmo... Mas continue reclamando! Quem sabe as pessoas influentes nesta cidade começam a perceber a crítica situação em que vivemos e começam a incentivar mais a cultura por aqui. Por hora, fico com as boas lembranças do David Parsons que vimos por último! Beijos, minha vida!